"Eu acho que o que tá acontecendo com essa geração, da qual eu faço parte, é a gente tomando posse, de fato, do nosso espaço e criando mais espaço, porque a medida que você deseja a formação desse público, você abre espaço pra que ele pise nesse território também (…) No fim das contas as ações que a gente promove são sempre nessa tentativa de agregar o máximo de linguagens possíveis pra agregar o máximo de público possível. Pra que eu venha aqui por causa do livro, mas veja a galera dançando (...)" - Larissa Rodrigues

 

 

A jovem, Larissa Rodrigues, 28 anos, manifesta a necessidade de interagir com a cidade através da poesia, e, mais radicalmente, pela mobilização cultural, sobretudo na formação de platéia, ampliando as possibilidades estéticas, para além das quais as pessoas vivenciam cotidianamente, em um contexto cultural em que não há interesse público pela arte independente e engajada. Juntamente com Will Fialho e Henrique Sampaio compõem o Coletivo DiaboA4 que atua como coletivo literário, promovendo intervenções poéticas e lançamentos de livros na cidade, visando movimentar o cenário cultural ao passo em que valorizam e incentivam o trabalho de artistas independentes. O começo da sua inquietação poética aconteceu ainda na adolescência, mas toma corpo com a entrada no curso de Letras em uma universidade pública na sua cidade de origem, quando da sua percepção sobre a escrita, “como necessidade de sobrevivência”.  É também como professora de literatura, em uma escola particular que projeta o alcance da sua ação, produzindo reflexão por meio da palavra.