Coelho
"Eu quero financiar minha arte, aumentando a formação do público e também com esse despertar social, sempre provocando alguma reflexão, pra provocar um despertar, entendeu? Tento fazer isso, levando sempre a mensagem. E você vê que a arte, ela tem esse poder de chamar “venha! Acorde.” Entendeu? É por isso que a gente tem essa preocupação de estar formando através da arte, porque ela tem esse poder e é forte.."
Ivan Coelho, 22 anos, mora no Conjunto Habitacional Feira VII. Em seu bairro, o jovem realiza com o Movimento Coletivo Vozes algumas intervenções culturais como a exibição de filmes e documentários, seguidos de discussões e outras ações de integração cultural, como o hip hop e o grafite. Na sua trajetória pessoal, o jovem entende que o desenho (grafite) constrói um espaço existencial que o ajuda a lidar com os limites sociais e geográficos da vida na periferia, como um caminho alternativo à criminalidade e ao tráfico de drogas, que vem ceifando vidas jovens no seu bairro.O emprego atual, como assistente de almoxarifado numa fábrica de produtos químicos, é visto como um “atalho” para “chegar onde eu quero”, que é poder continuar desenhando e passando uma mensagem social, através do grafite.